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Para: Manoel de Barros

Se a poesia é um lugar de caminho reto aprendi pular, de pedra em pedra de galho em galho fazendo meu caminho, pra chegar mais devagar

A poesia tem uma porta por onde muitos entram que leva à sala principal, mas prefiro fazer arrodeios, buscar a janela que dá no quintal, o quintal da poesia!

Lá, encontro inutilidades sem preço, valiosas demais para se somar lá,a poesia é livre as palavras brincam de não informar e não ficam fatigadas lá,a imaginação corre solta, feito criança

Com ele, ganhei um olhar que deforma os pensamentos as aves entrelaçando-se no céu tecem o vento que derruba as folhas e nos lembra que o outono chegou, isso deforma o meu pensar, sobre o nascer do vento e do outono é o bailar das asas das aves que os fazem

Eu pensei, a razão pode até contradizer-se, mas o silêncio, não! aprendi gostar mais de bichos que de lógica

O silêncio pode abrigar pássaro selvagem Porque este, não assusta sua liberdade Nem tampouco questiona a natureza de seus cantos

Me lembrou que o amor carece daquela tapera, que abriga abandonos para renascer de uma ruína

Os sentidos podem ser ludibriados, o desver do poeta me ludibria me luz me brinca me dia e noite.

Créditos da foto: Euriane Sobrinho

Conheça mais sobre a autora: Euriane Sobrinho

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