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Marionete

Pobre moça presa aos cordões,

Maldita alma de quem a prendeu.

Pobre moça sujeita a apresentações,

Diante de um público que jamais conheceu.

Pobre rapaz maltratado,

Maldito titereiro.

Pobre rapaz cansado,

De apresentações o dia inteiro.

Pobre velho que muito sofreu,

Maldito criador que lhe deu vida.

Pobre velho que nunca esqueceu,

De qual árvore ele vinha.

Pobre criança sem orientação,

Maldito ladrão que lhe tirou a oportunidade.

Pobre criança sem imaginação,

Destinada a ficar presa na realidade.

Pobres marionetes sem escolha,

Não passam de um pedaço de madeira,

Cheia de cores, porém sem folha

E com acumulo de sujeira.

Pobres marionetes sujeitas ao trabalho,

Sustentando ignorantes,

Que além de tirar seu salário,

Se torna seu governante.

Conheça mais sobre a autora: Isabela Nicasio

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