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Sina de Mim

(Poema pra ler andando de um lado pro outro)

Eu sinto tanto E sou tão pouco. Tenho nas mãos Tantas marcas Tantas mágoas Mal contadas Encantadas na canção. Tenho no corpo Os vestígios Do amor, nos seus sentidos (Nesses de calar palavra) O amor-ação Que beija em gosto de sabão. Sou tão verso (Tão versão). Sinto tudo o tempo todo Mas quero tudo por hora (Nem sempre é pra ser agora). Meu afeto resultante Das contenções e quereres É sempre tão contagiante (Mais que sempre inconstante). Sinto que me desaprovo Mas, em normas, Me decoro E devoro, Devoro... Sou noturno. Madrugo. Vou a luta no meu eros, Quando erro (Quase sempre). Sinto também que transpasso Os corpos-meus (Por amor, não por direito). Não sou simples, Nem me quero. Ando os lados do nada. Nunca sei nada de mim. Destruindo meus sentidos Não sei conter meus instintos. Sei me mover no mundo Sei chorar e sei sorrir. Finjo bem, ao amanhecer. Talvez seja isso A sina do meu único-viver.

Conheça mais sobre o autor: Silvio Oliveira

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