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(Des)poemorte

Algo nos meus pensamentos Que tem ar de ser sangrento Quer sair de uma vez só.

Volta e meia, Isso anseia Ser um verso (averso a dó)

Mas fica preso Neste peso De ser livre, de ser meu.

Somos um do outro Como o próprio corpo Neste solo a se-lo seu.

Esse indizível me vomita E o enjôo dele me limita A minimizar-me a ser o tudo que levo.

Me enojo dele em demasia. Ele devolve a cortesia. E sigo, assim, com ele em mim, Sendo tudo que (des)prezo e rezo.

Em fim.

Conheça mais sobre o autor: Silvio Oliveira

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